O Pecado. Michelangelo

Estou a abordar a vida e a obra de Michelangelo na Universidade Sénior de Braga e a concluir uma conversa sobre as imagens da Virgem da Piedade e da Humildade nos séculos XIV e XV.
Uma hora é um colete muito apertado. Não dá para quase nada. Informações relevantes não podem ser contempladas. Passo a colocar artigos com conteúdos que compensem essa falha. Uma espécie de complementos.
Começo com o filme russo-italiano “Il peccato – Il furore di Michelangelo”, realizado por Andrei Konchalovsky e estreado em outubro de 2019. Não se demora nas obras, concentrando-se na personalidade do artista e no ambiente da época. Tem a particularidade de relevar a importância da escolha do bloco de mármore a esculpir. Boa parte do filme passa-se nas carreiras de Carrara e acompanha o transporte do “monstro”. Segue o filme falado em italiano e legendado em espanhol.
MDOC confirma presença de iraquiano Maythem Ridha e lança candidatura para concurso de cartazes de cinema
Já há datas para o MDOC – Festival Internacional de Documentário de Melgaço de 2023. O festival minhoto regressa entre 31 de julho e 6 de agosto e anuncia hoje a primeira presença internacional confirmada: Maythem Ridha. O cineasta e fotógrafo iraquiano orientará uma masterclass sobre a sua experiência na realização de projetos de cinema e fotografia no Médio Oriente e Norte da África, em ambientes, por vezes, hostis. Mostrando excertos dos seus vários projetos de filmes e fotografia, Ridha partilhará ainda notas sobre a linguagem cinematográfica que tem vindo a desenvolver na intersecção entre documentário e ficção. A masterclass terá lugar a 4 de agosto, pelas 10h00, na Casa da Cultura de Melgaço.
Maythem Ridha passou os seus anos de formação no Iraque antes de fugir com a família para o exílio. Enquanto cineasta tem visto os seus filmes serem selecionados para festivais de cinema por todo o mundo. Ali and His Miracle Sheep, o seu mais recente filme, teve a estreia mundial no Sheffield Doc Fest 2021, tendo vencido o prémio de Melhor Filme. Enquanto fotógrafo, o seu trabalho foi publicado e exibido em várias mostras individuais e exposições conjuntas. Vencedor do Prémio Al Hambra de Excelência nas Artes, Maythem trabalha com uma ampla gama de projetos internacionais, além de coordenar workshops e masterclasses em cinema e fotografia.
Anunciado também o período de recepção de candidaturas do Prémio Jean-Loup Passek para o melhor cartaz de cinema. A inscrição dos cartazes do concurso é gratuita e poderá ser feita até dia 30 de junho. O prémio será atribuído ao designer de um cartaz original criado para promover um filme documentário, de animação ou de ficção, de curta, média ou longa-metragem, com produção portuguesa ou galega. O júri que avaliará os candidatos é composto por: a artista multidisciplinar Mafalda Salgueiro, a ilustradora e professora Marta Madureira e o realizador, produtor e crítico de cinema Simone Saibene.
Mais informações e regulamento em http://www.mdocfestival.pt.

CiNEMAS

Foi recentemente lançada pela AO NORTE a CiNEMAS, uma revista eletrónica dedicada à reflexão crítica em torno do cinema, da escola e do cineclubismo. Com tiragem semestral, e acompanhando as atividades da Associação AO NORTE. CiNEMAS tem a direção de Daniel Maciel e, na Comissão Editorial, contou com a colaboração de Gláucia Davino e Teresa Norton Dias.
Do editorial deste primeiro número, respigamos um excerto:
“(…) É neste espírito de aprendência que lançámos a publicação que se segue, produzida a partir de contribuições de gente que de alguma forma se vai cruzando com a AO NORTE e nos presenteia com reflexões, questões, projectos, e experiências várias. A edição 1 da CINEMAS condensa assim uma multiplicidade de perspectivas, tonalidades de análise e temas, texturas sensoriais, abrindo-nos a curiosidade em várias frentes e motivando-nos para o movimento de aprendência que provocou a organização dos Encontros de Cinema de Viana, das várias actividades da AO NORTE e dos cineclubes em geral, assim como o lançamento desta mesma publicação. Permitamo-nos este acto existencial, talvez egoísta, mas não sendo por isso menos edificante, de procurarmos o questionamento que alimenta esta aprendizagem activa”.

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