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Os coletes amarelos. Um imaginário da revolta na era digital

Surgem estudos que, sem recurso a dispositivos de investigação tais como observatórios, institutos de sondagens ou bases de dados, logram captar dinâmicas e tendências sociais emergentes, em status nascendi. Com o tempo, não perdem, adquirem relevância. É o caso do ensaio de Jean-Martin Rabot sobre o movimento dos “coletes amarelos” em França enquanto sintoma de um novo imaginário e de um novo tipo de mobilização suscetíveis de subverter os regimes democráticos instalados através do retorno a outras formas de socialidade.

Revolta gaulesa. As ruas de Paris em chamas

Violência em França. 23 de março de 2023 © Alain JOCAR / AFP

“A semana [19 a 25 de março] mais tensa da vida política e social francesa do último ano terminou esta quinta-feira com mais uma demonstração de dissonância total entre as ruas e o Presidente. O nono dia de manifestações contra a reforma do sistema de pensões de Emmanuel Macron teve protestos que atraíram mais de um milhão de pessoas em mais de 200 cidades, greves e bloqueios um pouco por toda a França (…) Ainda o desfile organizado pelas centrais sindicais não tinha chegado ao fim e já a zona em redor da Ópera de Paris estava transformada num campo de batalha em que os manifestantes black bloc e a polícia coreografavam avanços e recuos, ataques e contra-ataques. Vestidos de negro e com a cara coberta, dezenas de pessoas partiram montras, incendiaram lixo e quiosques, montaram barricadas, atiraram pedras, garrafas e cocktails Molotov à polícia. Esta respondeu lançando gás lacrimogéneo” (https://www.publico.pt/2023/03/23/mundo/noticia/ruas-franca-voltam-encherse-aumento-idade-reforma-2043588)”

A Liturgia dos Pássaros: Homenagem a Olivier Messiaen

Olivier Messiaen

No dia 29 de dezembro, às 19:00, ocorre na Reitoria da Universidade do Minho uma homenagem a Olivier Messiaen pelo Drumming GP e Daniel Bernardes Trio, evento que o margens recomenda (ver apresentação). O blogue Tendências do Imaginário dedica dois artigos a este compositor francês que compôs e estreou a obra Quatuor Pour Les Fins du Temps (1941) enquanto prisioneiro no campo de concentração nazi de Gorlitz: Filhos do Crepúsculo: A Arte e a Música no Campo de Concentração (2017) e Música da desgraça Humana (2020).

Resulta oportuno acrescentar o texto (pdf) A arte na segunda guerra mundial: as diferentes artes que se faziam sentir nos campos de concentração, por Glória Manuela Rodrigues Fernandes para a disciplina Sociologia e Semiótica da Arte do curso de Mestrado em Comunicação, Arte e Cultura, da Universidade do Minho, em 2017.

Olivier Messiaen. Oiseaux exotiques (1956). Interpretação: ensemble oktopus für musik der moderne & Markus Bellheim,9 February 2017, Reaktorhalle, Munichh