A mobilização das identidades locais. O caso da aldeia da Varziela de Castro Laboreiro

Acaba de ser publicado na revista Trabalhos de Antropologia e Etnologia (2025, volume 65, pp. 379-398) ) o artigo “Varziela – Do comunitarismo agro-pastoril às redes sociais”, da autoria de Álvaro Domingues.
Chegou a estar previsto integrar este estudo na revista Boletim Cultural nº 11, da Câmara Municipal de Melgaço, lançada em janeiro de 2025, mas não se proporcionou.

Centrado em Castro Laboreiro, nomeadamente na aldeia de Varziela, o artigo constitui, antes de mais, um ensaio sobre a mobilização das identidades locais na era da globalização, no caso vertente um projeto de aproveitamento turístico por um influencer de um lugar (destino) recôndito com selo (#) de autenticidade cultural e qualidade ambiental.
Centrado em Castro Laboreiro, nomeadamente na aldeia de Varziela, o artigo constitui, antes de mais, um ensaio sobre a mobilização das identidades locais na era da globalização, neste caso, a propósito de um projeto, promovido por um influencer, de aproveitamento turístico de um lugar (destino) recôndito com selo (#) de autenticidade cultural e qualidade ambiental.
Para aceder ao pdf com o artigo, carregar em qualquer das imagens precedentes. Para aceder ao conjunto da revista, carregar no seguinte link: https://revistataeonline.weebly.com/uacuteltimo-volume.html
Acrescento um vídeo com o projeto de aproveitamento turístico da aldeia da Varziela programado pelo influencer João Amorim.
A benção escatológica num mundo às avessas – os serviços da tarde na festa de São João de Sobrado

São João de Sobrado. A festa da Bugiada e Mouriscada é uma obra coletiva, lançado em meados de março de 2024, da autoria de Rita Ribeiro, Manuel Pinto, Albertino Gonçalves, Alberto Fernandes, Luís Cunha e Luís António Santos. Resulta de um projeto coordenado pela Rita Ribeiro. Aborda a festa que ocorre no dia 24 de junho, de manhã cedo até ser noite, na vila de Sobrado, do concelho de Valongo. Uma iniciativa e um espetáculo assombrosos que este livro pretende ilustrar, a começar pela quantidade e qualidade das fotografias.
Cumpriu-me o prazer duplo da escrita e, sobretudo, da observação dos “serviços da tarde”, uma componente autónoma da festa com raízes seculares. Segue o texto resultante, acompanhado por um excerto com as páginas iniciais do livro (capa, ficha técnica, índice e nota introdutória).
Natais há muitos. Boas festas!

Recente, ainda quase sem visitantes, o blogue Margens faz questão de desejar boas festas. O “postal”, alusivo à cooperação internacional, é do Miguel Bandeira e o texto, atento à diversidade de mundivivências do Natal, da Rita Ribeiro. Abordam o reverso da atual encenação artificial da felicidade: a solidão e o sofrimento de parte substantiva da população. Temas pouco habituais neste tipo de mensagens. Convém, todavia, recordar que este reverso menosprezado foi outrora a principal vocação do Natal: a solidariedade e a partilha de modo a preservar a coesão social. Nas sociedades agrárias, a falta de cereais sentia-se já pelo Natal e ameaçava a sobrevivência até às próximas colheitas. Morria-se mais de fome. À semelhança de outras festas de inverno, como o S. Martinho, o São Nicolau ou os Reis, o “espírito natalício” assegurava um mínimo de redistribuição de bens em benefício dos mais carenciados. Não tinha Cristo prescindido da sua gloriosa divindade para vir ao mundo como um ser humano humilde e vulnerável? Importa não desviar o olhar, até porque o momento talvez seja de inflexão civilizacional e os ventos desaconselhem consumismos, desperdícios, descuidos e soberbas.
Para acompanhar, descontraidamente, o postal do Miguel Bandeira e o texto da Rita Ribeiro, segue uma pequena compilação de cânticos de Natal, interpretada pelo Ensemble Obsidienne.


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