Arquivo | Texto RSS for this section

A mobilização das identidades locais. O caso da aldeia da Varziela de Castro Laboreiro

Acaba de ser publicado na revista Trabalhos de Antropologia e Etnologia (2025, volume 65, pp. 379-398) ) o artigo “Varziela – Do comunitarismo agro-pastoril às redes sociais”, da autoria de Álvaro Domingues.

Chegou a estar previsto integrar este estudo na revista Boletim Cultural nº 11, da Câmara Municipal de Melgaço, lançada em janeiro de 2025, mas não se proporcionou.

Centrado em Castro Laboreiro, nomeadamente na aldeia de Varziela, o artigo constitui, antes de mais, um ensaio sobre a mobilização das identidades locais na era da globalização, no caso vertente um projeto de aproveitamento turístico por um influencer de um lugar (destino) recôndito com selo (#) de autenticidade cultural e qualidade ambiental.

Centrado em Castro Laboreiro, nomeadamente na aldeia de Varziela, o artigo constitui, antes de mais, um ensaio sobre a mobilização das identidades locais na era da globalização, neste caso, a propósito de um projeto, promovido por um influencer, de aproveitamento turístico de um lugar (destino) recôndito com selo (#) de autenticidade cultural e qualidade ambiental.

Para aceder ao pdf com o artigo, carregar em qualquer das imagens precedentes. Para aceder ao conjunto da revista, carregar no seguinte link: https://revistataeonline.weebly.com/uacuteltimo-volume.html

Acrescento um vídeo com o projeto de aproveitamento turístico da aldeia da Varziela programado pelo  influencer João Amorim.

Comprei MEIA ALDEIA por 100 000 € – O projeto. Follow the Sun. Colocado em 17.03.2024

Mês dos Medos. Melgaço, Outubro 2025

Noite dos Medos volta a “assombrar” Melgaço

No próximo dia 31 de outubro, Melgaço volta a acolher a Noite dos Medos, uma iniciativa que transforma o centro histórico num palco de tradição e arrepios. Cortejo temático, performances no Castelo, espetáculos de fogo e a simbólica Queimada Galega com Esconjuro das Bruxas prometem envolver toda a comunidade num ambiente de mistério e celebração. 

O evento integra um conjunto de atividades culturais que decorrem ao longo do mês de outubro (e algumas mesmo em novembro), envolvendo famílias, escolas, associações locais e o público em geral, numa edição que reforça o carácter identitário da iniciativa. A destacar uma segunda edição da Torre dos Medos, que transforma o Castelo num mundo fantástico e medonho e que pode ser visitado entre 28 de outubro e 16 de novembro; a exposição Entre Mundos e Segredos, promovida pelo Espaço Memória e Fronteira, cujo mote são histórias e vivências associadas ao oculto, das comunidades de Melgaço; e os Serões dos Medos, no dia 24 de outubro – um momento de partilha entre ciência, tradição e experiências pessoais, na 1ª pessoa. 

Será do Largo Hermenegildo Solheiro, no centro da vila de Melgaço, pelas 21h00, que se dará início à grande noite, com o tradicional Welcome Drink dos Medos, seguido, às 21h30, da apresentação pública dos trabalhos do Concurso dos Medos. Seguir-se-á o Cortejo dos Medos, pelas 22h30: com início no Largo Hermenegildo Solheiro, percorrerá a Rua Dr António Durães até ao Largo da Calçada, descendo depois pela Rua da Calçada até ao acesso do Castelo de Melgaço, pela Rua Direita, onde se desenrolarão os restantes momentos do evento. A noite culmina com a Queimada Galega e Esconjuro das Bruxas, pelas 23h15, no Castelo, seguindo-se um espetáculo de fogo e animação musical com Dj´s.

PROGRAMA DESTAQUE | 31 DE OUTUBRO 
Largo Hermenegildo Solheiro 
• 21h00 | Welcome Drink dos Medos 
• 21h30 | Apresentação do Concurso dos Medos 
• 22h30 | Cortejo dos Medos  

Castelo de Melgaço 
• 23h15 | Queimada Galega e Esconjuro das Bruxas 
• Espetáculo de fogo 
• Animação musical com Djs 

PROGRAMAÇÃO COMPLEMENTAR ATÉ 16 DE NOVEMBRO 
À semelhança das edições anteriores, a programação estende-se além da noite principal e integra diversas ações culturais em espaços do concelho, designadamente: 

• Exposição Entre Mundos e Segredos 
Patente na Casa da Cultura, entre 6 de outubro e 16 de novembro. A mostra pretende dar voz à tradição local através de histórias, vivências e testemunhos sobre o “oculto” e o inexplicável. 

• Serões dos Medos 
Na Casa da Cultura, no dia 24 de outubro, pelas 21h00.  
Sessão dedicada à temática “O 6.º Sentido”, com moderação do professor Albertino Gonçalves. O momento assume-se como um espaço de partilha entre ciência, tradição e experiências pessoais, na 1ª pessoa. 

• Contos Contigo – Histórias de arrepiar: “Tu és um monstro?” 
Na Casa da Cultura, no dia 25 de outubro, pelas 10h30. A sessão é dirigida ao público familiar, promovendo a leitura e a imaginação em ambiente descontraído. 

• Cinema dos Medos 
Na Casa da Cultura: 
– 18 out. | 10h30 – “Corrida Mais Louca da Europa” (M6) 
– 25 out. | 21h30 – “The Conjuring 4” (M16) 
Bilhetes disponíveis na Casa da Cultura de Melgaço | Custo: 3€ 
  
• Torre dos Medos 
No Castelo de Melgaço, entre 28 de outubro e 16 de novembro.  
Uma experiência pensada para os mais novos, que convida à descoberta de um mundo fantástico, misterioso e sensorial. 

CONCURSO DOS MEDOS: INSCRIÇÕES ATÉ 27 DE OUTUBRO 
Concurso dos Medos volta a desafiar escolas, grupos e entidades do concelho a apresentarem propostas criativas em duas categorias: 
• Categoria Escola: “Monstros & Fantasmas” 
• Categoria Grupo: “Feitiços & Bruxarias” 

As inscrições são gratuitas e devem ser submetidas até 27 de outubro, presencialmente na Casa da Cultura ou via email, para pmeleiro@cm-melgaco.pt. As normas de participação e a ficha de inscrição estão disponíveis aqui

A NOITE DOS MEDOS TEVE A SUA PRIMEIRA EDIÇÃO EM 2017 
Promovida pelo Município de Melgaço desde 2017, a “Noite dos Medos” tem vindo a afirmar-se como um momento cultural identitário do concelho, com forte envolvimento da população e com uma proposta diferenciadora que valoriza as tradições e as vivências locais associadas ao universo do medo, do oculto e da imaginação.

(Notícia do Município de Melgaço, 30 setembro, 2025)

*****

GALERIAS DE IMAGENS

Galeria 1. Cartazes (carregar nas imagens para as aumentar e aceder às legendas)

Galeria 2. Exposição Entre Mundos e Segredos – 2025

Galeria 3. Fotografias dos Serões dos Medos

Galeria 4. Fotografias da Noite dos Medos

Lançamento do livro Romaria de Nossa Senhora dos Remédios de Arco de Baúlhe

Se se proporcionar, vamos assistir ao lançamento do livro Romaria de Nossa Senhora dos Remédios de Arco de Baúlhe, da autoria de Eduardo Pires de Oliveira e Tiago Teixeira, no Núcleo Ferroviário de Arco de Baúlhe, sábado, dia 15 de fevereiro, pelas 16 horas.

A benção escatológica num mundo às avessas – os serviços da tarde na festa de São João de Sobrado

São João de Sobrado. A festa da Bugiada e Mouriscada é uma obra coletiva, lançado em meados de março de 2024, da autoria de Rita Ribeiro, Manuel Pinto, Albertino Gonçalves, Alberto Fernandes, Luís Cunha e Luís António Santos. Resulta de um projeto coordenado pela Rita Ribeiro. Aborda a festa que ocorre no dia 24 de junho, de manhã cedo até ser noite, na vila de Sobrado, do concelho de Valongo. Uma iniciativa e um espetáculo assombrosos que este livro pretende ilustrar, a começar pela quantidade e qualidade das fotografias.

Cumpriu-me o prazer duplo da escrita e, sobretudo, da observação dos “serviços da tarde”, uma componente autónoma da festa com raízes seculares. Segue o texto resultante, acompanhado por um excerto com as páginas iniciais do livro (capa, ficha técnica, índice e nota introdutória).

Apresentação de livros: Festas de São João de Sobrado / Mosteiro de Tibães

Sexta, dia 15 de março de 2024, pelas 21H00 no Centro de Documentação da Bugiada e Mouriscada, em Sobrado, Valongo, decorrerá a apresentação do livro “São João De Sobrado: A Festa da Bugiada e Mouriscada”, da autoria de Rita Ribeiro, Manuel Pinto, Albertino Gonçalves, Alberto Fernandes, Luís Cunha e Luís António Santos. Os promotores são a Comissão de Festas do São João de Sobrado 2017 e a Associação São João de Sobrado.

Sábado, dia 16 de março de 2024, às 15 h, na Sala do Capítulo do Mosteiro de Tibães, decorrerá, promovida pelo Grupo de Amigos do Mosteiro de Tibães, GAMT, a apresentação do livro “Para uma interpretação do mosteiro: Tibães do espaço à vivência, da materialidade à simbólica”. A publicação será apresentada pelo Professor José Carlos Miranda, da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (UCP – Braga).

Margens. Um breve balanço

O blogue Margens completou um ano. Uma oportunidade para uma espécie de autoavaliação. Os balanços não são necessariamente improdutivos, podem revelar-se instrutivos. Creio que é o caso. Segue o respetivo texto, primeiro, em pdf, e, em seguida, incorporado no artigo.

*****

Margens. Um breve Balanço (por Albertino Gonçalves)

Pertenço, porém, àquela espécie de homens que estão sempre na margem daquilo a que pertencem, nem veem só a multidão de que são, senão também os grandes espaços que há ao lado”.

(Fernando Pessoa. Livro do Desassossego por Bernardo Soares).

               “Não me digam que não disse nada de novo, a disposição das matérias é nova. Quando se joga à péla um e outro jogam com a mesma bola, mas um coloca-a melhor”.

(Pascal, Blaise, Pensamentos)

Criado há pouco mais de um ano, em dezembro de 2022, o Margens (https://margens.blog/) não descola. Soma 14 692 visualizações. Durante o mesmo período, o blogue Tendências do Imaginário (https://tendimag.com/), de que também sou administrador, alcançou 217 661, quinze vezes mais! Esta comparação pede duas ressalvas: 1) o número de artigos do Tendências é o triplo do Margens (197 contra 62, em 2023); e, criado em 2011, o Tendências dispõe de um património passado ativo de 3800 artigos, quando o Margens não desfruta de qualquer património anterior.

De qualquer modo, o Margens mantém-se num estado embrionário, arrastando-se abaixo das (minhas) expectativas, acalentadas, aliás, pelo seu carácter coletivo (acima de uma vintena de autores).

Mas convém não desdenhar. Muito ou pouco, o Margens tem cumprido a sua missão principal: divulgar textos, mormente da autoria dos membros.

Entre os 74 artigos colocados nos últimos 14 meses, 27 disponibilizam, em pdf, artigos escritos em português. Existem artigos que incorporam os textos sem contemplar o respetivo pdf. São exemplos, os artigos “Santuário da Boa Morte, Correlhã, Ponte de Lima”, e “André Soares. Tantas perguntas sem resposta!”, colocados em dezembro de 2022 e janeiro de 2023, ambos de Eduardo Pires de Oliveira, com, respetivamente, 1291 e 321 visualizações.

Segue o gráfico 1 com a distribuição dos downloads por artigo, indicando o autor, parte do título e a data de colocação no blogue.

A maior parte dos artigos, 23 em 27 (85%), ultrapassa 150 downloads. É muito? É pouco? É razoável? Os valores absolutos não permitem responder. Importa encontrar termos de comparação, que, de preferência, não sejam, à partida, favoráveis.

Como fonte de downloads de artigos de revista em português com autores portugueses, oferece-se, de imediato, o RepositoriUM: institucional, com fácil acesso e ampla abrangência. Como autores, confinámo-nos aos sociólogos do Instituto de Ciências Sociais no topo da carreira, situação partilhada apenas por uma escassa minoria dos membros do Margens. Como duração, considera-se todo o tempo de exposição online. No RepositoriUM, pode remontar a mais de 10 anos, no Margens, o máximo é 14 meses.

Fonte: Blogue Margens

A tarefa resultou mesquinha e pouco sedutora: seguindo o critério de relevância do RepositoriUM, compilaram-se os artigos dos autores selecionados e apontou-se, para cada artigo, o número total de downloads registados desde a data de colocação. Foi, assim, retido e caraterizado um conjunto de 81 artigos da autoria de sociólogos do topo da carreira do Instituto de Ciências Sociais. O gráfico 2 contempla a distribuição dos downloads obtida.

Fonte: RepositoriUM

A maioria dos artigos, 58 em 81 (72%), fica, agora, aquém de 150 downloads.

Concentremo-nos nos dois artigos mais recentes no Margens: “Quando a esmola é grande” e “A melancolia académica na viragem do milénio”, ambos da autoria de Albertino Gonçalves. Colocados há menos de duas semanas, em 21 e 23 de fevereiro, somam, neste momento, 111 e 120 downloads. “É muito? É pouco? É razoável?”

Recorra-se a outro termo de comparação. Atualmente, um número crescente de artigos de revista é contemplado com um DOI (Digital Object Identifier). É o caso de cerca de um terço dos artigos do RepositoriUM considerados. A partir do DOI, pode-se aceder à fonte do artigo, à página da revista, e consultar o número de downloads respeitante aos últimos 12 meses. O resultado obtido foi inesperado:  em nenhum artigo, com DOI, a soma dos downloads dos últimos 12 meses atinge os valores obtidos em duas semanas pelos dois últimos recentes do Margens. Quando muito, metade. Eis o que configura, diria Robert K. Merton, um augúrio de “serendipidade”.

Estou em crer que aquilo que a “realidade”, que estes apontamentos parecem sugerir, não corresponde à “verdade dos factos”. Insinuou-se algures, inadvertidamente, alguma falácia. Não obstante, não consigo esquivar algumas perguntas.

Andamos iludidos? Baralhados? Com artifícios? A inverter os meios e os fins? Com falsa consciência ou com má fé? A produção, a circulação e o consumo de bens do conhecimento manifestam-se desfasados? O “sistema” está a saturar-se? Preferimos a categoria ao público, as métricas aos leitores? Até onde podem ir a alienação e a reificação?

Estas dúvidas estendem-se a esferas adjacentes. À semelhança das publicações, também proliferam os encontros científicos. Mas escasseiam, em contrapartida, os públicos. Costumam ser poucos os presentes e ainda menos os assistentes. Presente o corpo, ausente o espírito. O que motiva tantos colegas a desafiar distâncias para partilhar uma comunicação com uma dúzia de pessoas, a maioria membros da mesa? E a repetir a façanha vezes sem conta?

 Recentemente, atardei-me a observar um auditório apinhado de estudantes. Poucos estavam concentrados no orador. Subvertiam uma obrigação, reservando a atenção ao telemóvel, ao tablet ou ao portátil. É certo que os estudantes são “polícronos” (Edward T. Hall), capazes de fazer várias coisas ao mesmo tempo. Trata-se apenas de um caso, mas, como diria Anselm Strauss, de um caso alargado. Para os colegas, pelos vistos, nada de novo. Uma anormalidade que se repete.

Afinal, o que nos move? Para onde vamos? Com que nos debatemos? Eis algumas questões suscitadas por alguns indícios inquietantes.

A melancolia académica na viragem do milénio

René Magritte. Memória. 1942

Estes apontamentos dedicados às transformações recentes do mundo académico remetem para pensamentos com teias de aranha. Várias vezes para os publicar, outras tantas, desisti. Não vislumbrava interesse. Nem para mim, nem para outrem. Acabariam no limbo não fosse o José Pinheiro Neves, coautor com Pedro Rodrigues Costa e Paula de Vilhena Mascarenhas, do livro Eu sou tu: Uma ecossociologia da individuação (2023), desafiar-me para redigir o prefácio. Proporcionou-me um motivo adicional para materializar estas impressões que trazia adormecidas, mas também atravessadas. Tratava-se de economizar trabalho. Nasceu este monstrinho, de uma assentada. Este documento corresponde à versão original anterior à revisão final. Reli-o apenas uma vez. Não respondo por eventuais imperfeições. Desejo, contudo, que a leitura seja mais prazerosa do que foi a escrita.

“Por estarem conscientes de suas volições e de seus apetites, os homens se crêem livres, mas nem em sonho pensam nas causas que os dispõem a ter essas vontades e esses apetites, porque as ignoram” (Baruch Espinoza. Ética. Primeira Parte – Deus. Apêndice, Autêntica Editora, 2009).

Persiste, teimosa, a mesma dúvida. Pergunto-me se, nas últimas quatro décadas, o homo academicus conseguiu transformar as vontades e os apetites em imperativos e necessidades ou, como diria Espinoza, as causas e as necessidades ignoradas, em virtudes e volições.

Quando a esmola é grande. A industrialização do interior

Obras na zona industrial de Alvaredo, em Melgaço. 2023. Fotografia de João Gigante

Junto o artigo “Quando a esmola é grande. A industrialização do interior”, que, na qualidade de membro do Fórum de Cidadania Pela Erradicação da Pobreza – Braga, publiquei ontem, dia 20.02.2024, no jornal Diário do Minho.

Em Torno da Mobilidade: Provérbios, Expressões Idiomáticas, Frases Consagradas

“En este libro la profesora Rocha-Trindade nos ofrece una nueva y original aportación al conocimiento del tema que tan bien conoce, estudiando las relaciones entre las migraciones y la paremiología. El proverbio, con su capacidad para transmitir de manera breve y sintética una realidad, un conocimiento, una  advertencia o un consejo fruto de la experiencia vital, constituyó a lo largo  del tiempo una forma de comunicación de gran valor, en especial en aquellas  sociedades donde primaba una cultura popular iletrada, motivo por el que las  paremias se constituyeron en un vehículo prioritario para la transmisión oral de enseñanzas. De este modo, en sus diferentes manifestaciones (paremias, adagios, máximas, refranes, aforismos o ditados, como también se denominan en gallego y portugués) pasaron a integrar un rico corpus de conocimientos que, a través de una pedagogía cotidiana y doméstica, se grabaron con firmeza en la memoria y en la conciencia de la población. Escribió el poeta Horacio: “Los que atraviesan los mares cambian de cielo, pero no de alma”, y ciertamente, el que emigra no lo hace solo; más allá de la saudade por la tierra que dejó, por los familiares y amigos ausentes, lleva consigo un acervo cultural asumido desde la infancia que forma parte de su personalidad, de su modo y manera de entender la vida.” (Domingo L. Gonzalez Lopo, “Nota de Abertura”, in Maria Beatriz Rocha-Trindade, Em Torno da Mobilidade: Provérbios, Expressões Idiomáticas, Frases Consagradas, Viseu, Ed. Alma Letra, 2023, pág. 8).

Lançamento do livro Em Torno da Mobilidade: Provérbios, Expressões Idiomáticas, Frases Consagradas, de Maria Beatriz Rocha-Trindade. Hotel Vila Galé – Tavira, 5 de novembro de 2023

*****

Capítulo “Potencialidade Simbólica da Imagem no Quadro do Percurso Migratório”, in Maria Beatriz Rocha-Trindade, Em Torno da Mobilidade: Provérbios, Expressões Idiomáticas, Frases Consagradas, Viseu, Editora Alma Letra, 2023, págs. 33-54 (pdf).

As duas caras: A oliveira e o leão

Por António Amaro das Neves

“Tenho particular apreço pelos autores que ousam acrescentar novas camadas de sentido a realidades, designadamente do património histórico e cultural, cuja interpretação parece saturada ao nível do senso comum vulgar ou sábio. António Amaro das Neves consegue-o a propósito do Guimarães, o Homem das Duas Caras, estátua icónica dos vimaranenses, no texto surpreendente “As duas caras: A oliveira e o leão”, escrito para o livro Sociologia Indisciplinada. São obras como esta que costumo eleger como fonte de inspiração e me motivam, confesso, uma ponta de inveja.

Segue, em pdf, a versão a cores do capítulo “As duas caras: A oliveira e o leão”, da autoria de António Amaro das Neves, do livro Sociologia Indisciplinada (coordenado por Rita Ribeiro, Joaquim Costa e Alice Delerue Matos), Edições Húmus, 2022, pp. 55-68″ (Albertino Gonçalves).

*****

*****

António Amaro das Neves, historiador, mestre em História das Populações, investigador do CITCEM. Foi presidente da direção da Sociedade Martins Sarmento e coordenador editorial da Revista de Guimarães. Autor, coautor e organizador de diversas publicações. Mantém ativo, desde 2007, o blogue Memórias de Araduca, dedicado à história, às tradições e à cultura de Guimarães e do Minho.